Raspberry PI

Raspberry Pi é um computador de baixo custo e que tem o tamanho de um cartão de crédito desenvolvido no Reino Unido pela Fundação Raspberry Pi. Para usá-lo, basta plugar um teclado e um mouse padrão a ele e conectar tudo isso a um monitor ou a uma televisão.

Para te dar uma ideia geral, aqui estão alguns exemplos de preços em dólares, com base em informações recentes:

  • Raspberry Pi Pico: É o modelo mais básico e geralmente custa em torno de US$4 a US$6.
  • Raspberry Pi 4 Model B: O preço varia conforme a quantidade de RAM:
    • 2GB de RAM: Em torno de US$55 a US$75.
    • 4GB de RAM: Em torno de US$75 a US$95.
    • 8GB de RAM: Em torno de US$90 a US$110.
  • Raspberry Pi 5: É o modelo mais recente e também varia conforme a RAM:
    • 4GB de RAM: Em torno de US$75.
    • 8GB de RAM: Em torno de US$95.

A função básica do gadget é oferecer uma alternativa barata, prática e acessível para que pessoas de várias idades possam explorar todas as capacidades da computação. Além disso, também visa facilitar a aprendizagem de programação em linguagens como Scratch e Python. Abaixo uma das primeiras versões

Sobretudo, apesar do tamanho diminuto e das feições pouco convencionais, o Raspberry Pi é um computador como outro qualquer. Isso quer dizer que ele pode servir para navegação na internet, reprodução de conteúdo multimídia, criação de conteúdo em forma de texto, planilhas e imagens e, é claro, para jogos.

Incentivo à programação

Em 2006, os membros do Laboratório de Computação da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Eben Upton, Rob Mullins, Jack Lang e Alan Mycroft pensaram em um jeito de interromper o declínio gradual do interesse dos estudantes por ciência da computação no país.

Diferente do cenário dos anos 1990, quando era comum ver crianças de alguma forma envolvidas e interessadas neste tipo de atividade, os anos 2000 marcaram um refreamento nesse sentido. A base disso, acreditava o quarteto, estava em problemas nas grades curriculares nos cursos de computação e também em um novo panorama tecnológico com o qual os jovens passaram a ter contato.

A expansão da internet, o foco na criação de páginas para web nos cursos de programação e também os consoles e PCs de ponta substituindo as máquinas clássicas (para a qual eles deveriam programar) na hora da jogatina foram os principais pontos levantados por eles.

Apesar de reconhecer as dificuldades que tinham pela frente ao identificar problemas curriculares nas instituições de ensino e ainda uma nova dinâmica de mercado com a expansão da web, eles resolveram colocar a mão na massa. Então surgiu a ideia de criar um dispositivo barato e pequeno para que jovens e adolescentes (mas não somente eles) pudessem explorar a computação.

Os primeiros passos

Entre 2006 e 2008, o quarteto desenvolveu diversos protótipos baseados no microcontrolador Atmel ATmega644, que serviria de base para o Raspberry Pi como conhecemos hoje. A expansão dos dispositivos móveis também ajudou, pois a partir de 2008 já foi possível ter acesso a processadores menores, mais potentes e completos do que se tinha até então.

Naquele ano, era fundada a Fundação Raspberry Pi, uma organização sem fins lucrativos para que o desenvolvimento de um computador de placa única barato e acessível pudesse realmente acontecer. Três anos depois da criação da Fundação, o primeiro modelo começava a ser fabricado em massa.

Pequeno notável

Depois do ano de 2011 repleto de experimentos e foco no desenvolvimento, o ano seguinte marcaria a estreia do gadget no mercado. A partir de fevereiro de 2012, a Fundação Raspberry Pi começa a aceitar pedidos do seu primeiro modelo, o Raspberry Pi Model A.

Custando US$ 25 ele contava com um System-on-chip Broadcom BCM2835 (com CPU, GPU, SDRAM, DSP e uma porta USB), além de 256 MB de RAM e processador ARM single-core de 700 MHz. O armazenamento do gadget ficava por conta de uma entrada para cartão com suporte para os formatos SD, MMC e SDIO. Abaixo a imagem de sua ultima versão,a versão 5

O Raspberry Pi 5 trouxe um salto significativo em desempenho e recursos em relação às versões anteriores. Aqui estão as especificações de hardware detalhadas:

Processador (CPU):

  • Chip: Broadcom BCM2712
  • Arquitetura: Quad-core ARM Cortex-A76 (64-bit)
  • Velocidade de clock: 2.4 GHz
  • Cache L2: 512KB por núcleo
  • Cache L3: 2MB compartilhado

Este novo processador oferece um aumento de 2 a 3 vezes no desempenho em comparação com o Raspberry Pi 4.

Placa de Vídeo (GPU):

  • Chip: VideoCore VII
  • Suporte a APIs gráficas: OpenGL ES 3.1, Vulkan 1.2
  • Decodificação de vídeo: HEVC 4Kp60

A nova GPU também representa um avanço significativo, permitindo melhor desempenho em aplicações gráficas e reprodução de vídeo.

Memória RAM:

  • Tipo: LPDDR4X-4267 SDRAM
  • Capacidades disponíveis: 4GB e 8GB (no lançamento)

A memória RAM mais rápida contribui para um melhor desempenho geral do sistema.

Conectividade:

  • Wi-Fi: 802.11ac dual-band (2.4 GHz e 5.0 GHz)
  • Bluetooth: 5.0, BLE (Bluetooth Low Energy)
  • Ethernet: Gigabit Ethernet, com suporte a PoE+ (requer um novo PoE+ HAT)

Interfaces e Portas:

  • Portas USB:
    • 2 portas USB 3.0 (com suporte a operação simultânea de 5 Gbps)
    • 2 portas USB 2.0
  • Saídas de vídeo: 2 portas Micro HDMI (suporte para 4Kp60 simultaneamente)
  • Interface para periféricos: 1 porta PCIe 2.0 x1 (permite conectar periféricos de alta velocidade, como SSDs NVMe com um adaptador)
  • GPIO: 40 pinos (compatíveis com as versões anteriores)
  • Interfaces para câmera/display: 2 transceptores MIPI de 4 lanes (podem ser configurados como DSI para displays ou CSI para câmeras)
  • Slot para cartão MicroSD: Para carregamento do sistema operacional e armazenamento (com suporte para modo de alta velocidade SDR104)

Outros recursos:

  • Alimentação: 5V/5A DC (recomendado para alimentar todos os periféricos) através do conector USB-C, com suporte a Power Delivery (PD)
  • Botão de energia: Integrado à placa
  • RTC (Real-Time Clock): Com conector para bateria RTC (permite manter o relógio mesmo com o Raspberry Pi desligado)

Em resumo, as principais melhorias do Raspberry Pi 5 são:

  • Processador mais potente: Aumento significativo no desempenho da CPU.
  • GPU aprimorada: Melhor desempenho gráfico e suporte a novas APIs.
  • Memória RAM mais rápida: Contribui para um sistema mais responsivo.
  • Suporte a PCIe 2.0: Permite a conexão de periféricos de alta velocidade, como SSDs NVMe.
  • Melhorias na conectividade e interfaces: Incluindo portas USB mais rápidas e suporte a PoE+.
  • Recursos adicionais: Como botão de energia e RTC.

Com essas especificações, o Raspberry Pi 5 se torna uma plataforma ainda mais versátil para uma ampla gama de aplicações, desde projetos de hobby até aplicações industriais.

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